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Missa. Missal de Jean Rolin, século XV. Biblioteca Municipal de Lyon, ms 517, folio 8r. |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
continuação do post anterior: A intensa movimentação das almas na Idade Média
O homem medieval exibia uma ‘movimentação” intelectual e religiosa que se devia a alguns fatos:
Em primeiro lugar, a vitalidade do homem medieval era muito mais exuberante.
Em segundo lugar, o homem medieval tinha mentalidade e ideias. Quando se tem mentalidade e ideias é possível mudar-se de uma para outra.
Hoje, pelo contrário, há exatamente uma carência de ideias.
Sobretudo o que há é que o homem contemporâneo é de uma dureza de coração, especialmente no que diz respeito ao bem. Ele absolutamente não muda. As manifestações de virtude mais palpáveis não o comovem.
Podemos ter o exemplo disto em torno de nós.
Por vezes, pessoas que não fazem mal a ninguém e que dão a todos o exemplo da virtude, bons filhos, bons irmãos, procedem bem em todas as coisas mas não obtêm a simpatia de ninguém.
Qual a razão disto? Endurecimento... O espetáculo da virtude não comove, não impressiona; a virtude não é simpática, não atrai nenhuma espécie de simpatia.