domingo, 21 de julho de 2024

Castelos, abadias e aldeias integradas com a natureza. Queijos e cervejas de Chimay

Mosteiro de Scourmont
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Uma equipe da Globo Rural foi até a Bélgica para contar a história de um queijo delicioso, produzido por monges de uma abadia gótica que também fabrica cervejas.

O mosteiro de Scourmont fica em Chimay, no sul do país, uma cidadezinha tranquila com ruas estreitas e fachadas antigas.

E um imponente castelo: o dos Príncipes de Chimay, uma das mais nobres famílias belgas.

A princesa de Chimay
No Castelo dos Príncipes, no centro da cidade, mora a simpática princesa Elisabeth de Chimay.

Ela contou que alguns aposentos do castelo têm quase 800 anos de idade.

Sua capela abrigou em 1449 o famoso Santo Sudário hoje em Turim.

O Teatro dos Príncipes ainda hoje acolhe concertos de música clássica.
“Naquela época, o dono do castelo era conhecido como o Grande Príncipe.

Pois bem, esse príncipe, que era antepassado do meu marido, resolveu convidar alguns monges do norte da Bélgica para fundar uma abadia.

Para isso, doou algumas terras aos religiosos, que começaram a levantar o novo mosteiro.

Uma vez instalados, os monges passaram a fazer os seus produtos caseiros, que há séculos garantem a prosperidade da região” – explicou a princesa.

Castelo de Chimay
Com o estímulo e a proteção da nobreza começou a história da abadia trapista de Notre-Dame de Scourmont, em Chimay.

“Os monges tinham alimentação fraca e trabalhavam muito. Então, era preciso reforçar as refeições com produtos mais nutritivos.

Foi aí que surgiu a ideia de fabricar queijos e cervejas.

Tudo era feito para o nosso próprio consumo, para compensar o esforço físico e fortalecer os músculos”, respondeu o Père Omère (Padre Homero).
O castelo de Chimay numa iluminura
Os monges antigos levavam a sério a Regra, que incluía muito jejum e abstinência de carne.

No inverno e nas épocas como as da colheita – os monges viviam de seu trabalho – a observância era exemplar. Era preciso reforçar a alimentação com alimentos que não violassem a Regra.

Veja vídeo
Video de Chimay
(Globo Rural)

Os queijos e as cervejas dos monges eram tão saborosos que logo atraíram a atenção de pessoas de fora.

Aos poucos, a fabricação artesanal foi dando lugar a uma atividade comercial. Mas não perdeu a identidade trapista.

Hoje em dia, os monges contam com equipamentos modernos e funcionários treinados.

A abadia fabrica três cervejas com cores e sabores diferentes. Todas são encorpadas, cremosas, levemente amargas e com teor alcoólico que varia de 7% a 9%.

A fabricação de queijos da abadia atravessou os séculos e permanece viva, como um dos símbolos da região, diz a reportagem da Globo Rural.

Na base desse trabalho estão centenas de sítios e de famílias do campo. Gente que mora no entorno de abadia e que ganha a vida produzindo leite.

Os monges trapistas fazem cervejas diversas
No começo dos anos 80, os monges de Scourmont resolveram construir um novo laticínio da abadia.

O objetivo era melhorar o controle sanitário, adotar métodos mais modernos e aumentar o volume de produção. Tudo isso respeitando a história e a tradição do queijo local.

Um dos cinco queijos fabricados no laticínio é reforçado com um ingrediente especial: a cerveja de Chimay.

Na etapa final, os queijos são levados para as caves. São salas que têm temperatura e umidade controladas. Os produtos ficam em prateleiras de quatro semanas a oito meses, segundo o tipo.

O laticínio da abadia vende cerca de mil toneladas de queijo por ano. Metade fica na Bélgica e metade é exportada, principalmente para a França, o Japão e os Estados Unidos.

Alain Hotelet, responsável comercial, explicou o sabor do queijo:

“Este é o queijo clássico, que foi o primeiro a ser fabricado pelos monges. Ele é muito suave e, por isso, apreciado por um público amplo. Já o segundo tipo, o grand cru, leva mais tempo na maturação. É um queijo com aroma mais marcante e um gosto mais forte”.

O queijo Chimay é muito procurado

Mais alto e alaranjado, o vieux chimay chega a ficar oito meses nas caves. É um queijo seco e ótimo para ser consumido em cubos, como aperitivo.

É um produto para quem gosta de queijos com personalidade. Bronzeado e mais robusto, o queijo na cerveja é o mais famoso e o mais vendido pelo laticínio. Os preços são moderados.

A reportagem acaba apresentando um modelo de integração harmônica do castelo, da abadia e da produção agrícola com a natureza. Essa foi uma das notas características da sociedade orgânica medieval.

Sem dúvida, o modelo medieval está nas antípodas das planificações escrúxulas do ambientalismo dirigista hodierno, que manifesta entender pouco ou nada da natureza e muito do utopismo comuno-tribalista.

Vídeo: Chimay: castelo, abadia e aldeia bem harmonizadas com a natureza






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domingo, 14 de julho de 2024

Grandes vinhos modernos: herdeiros das abadias medievais

Abbaye Sylva Plana, Le Songe de l'Abbé, faugères; Domaine de l'abbaye du Petit Quincy, chablis; Le Clos du Cellier aux Moines. Fundo: antiga abadia de Paray-le-Monial
Abbaye Sylva Plana, Le Songe de l'Abbé, faugères;
Domaine de l'abbaye du Petit Quincy, chablis;
Le Clos du Cellier aux Moines
Fundo: antiga abadia de Paray-le-Monial
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Os vinhedos da Gália do tempo dos romanos – que inclui a França, mas partes de outros – foram plantados pelos legionários durante suas guerras de conquista no século I.

Eles tinham uma muito grande sofisticação na produção, escreveu o especialista em vinhos Marcel Larchiver em seu livro de referência “Vinhos, vinhas e vinhateiros”:

“Para os romanos, o vinho era ao mesmo tempo um objeto de comércio e de luxo, mas também um néctar divino do qual lhes parecia impossível renunciar. Por isso, o vinhedo era rodeado de todos os cuidados”.

Porém, o Império Romano veio abaixo no século V e a anarquia e os saques das hordas bárbaras destruiram a plantação.

Foi nessa época de caos, morte e destruição que se desenvolveu o apostolado da Igreja Católica.

Já desde o século IV a Igreja estimulava o desenvolvimento das vinhas. Em primeiro lugar porque o vinho era necessário para a consagração na Missa e para a Comunhão.

Os bispos fundaram importantes vinhedos, e esta obra contribuiu a fortalecer sua imagem ante o povo.

Mas vieram também os mosteiros. Na França medieval havia mais de um milhar de mosteiros masculinos entre os quais 250 abadias cistercienses e mais de 400 abadias beneditinas.

O vinho também era necessário para fortalecer os numerosos peregrinos que batiam nas portas das abadias para pedir hospedagem e alimentação gratuita após longas jornadas de caminhada.

O vinho que os medievais apreciavam também tinha efeitos benéficos para a saúde e era usado para tratar os doentes.

A abadia de Cîteaux foi fundada em 1098 e adquiriu em 1100 um terreno então desconhecido, mas onde hoje se faz o famosíssimo Vougeot. Ali, os monges plantaram uma vinha hoje universalmente cobiçada.

Abbaye de Valmagne, Coteaux du Languedoc; Domaine da abadia du Petit Quincy;  Corbières Deo Gratias, abadia de Corbières. Fundo: abadia na Aquitânia
Abbaye de Valmagne, Coteaux du Languedoc; Domaine da abadia du Petit Quincy;
Corbières Deo Gratias, abadia de Corbières. Fundo: abadia na Aquitânia
Eles coletaram, uma a uma, as pedras brancas que impediam a plantação e as usaram para fazer cercas de pedra que delimitavam a propriedade, afastavam os ladrões e concentravam o calor do sol.

Nasceu assim o Clos (fechado) de onde o nome Clos Vougeot.

Os leigos intercalavam as vinhas com árvores frutíferas para completar os lucros.

Mas, os monges interditaram absolutamente esse costume para não empobrecer a terra e evitar a sombra sobre as uvas.

Eles se empenharam em selecionar as melhores cepas, requintar o processo de vinificação e definir os melhores locais.

Nasceram assim mais de uma centena de “appellations” francesas que são de origem puramente monástico.

Os monges viajavam muito e trocavam informações sobre técnicas por via oral, por isso faltam registros sobre o assunto.

Eles ensinavam aos populares como fazer sem receber nada em troca, salva a gratidão que o povo foi manifestando a seus benfeitores.

O prestígio dos vinhedos monacais atravessou as fronteiras francesas. Um certo Dom Denise, monge italiano ingressou num mosteiro da Borgonha só para roubar o segredo do vinho.

O fruto de sua espionagem ficou registrado numa “Memória” que acabou sendo descoberta numa biblioteca de Florença há uma década.

O documento demostra que os eclesiásticos reclusos haviam desenvolvido a ponta da técnica e que seus métodos não perderam um milímetro de atualidade.

Le Clos du Cellier aux Moines; Abbaye de Valmagne, Coteaux du Languedoc;  Deo Gratias, abadia de Corbières; Abbaye Sylva Plana, Le Songe de l'Abbé.  Fundo: abadia de Royaumont, Ile de France.
Le Clos du Cellier aux Moines; Abbaye de Valmagne, Coteaux du Languedoc;
Deo Gratias, abadia de Corbières; Abbaye Sylva Plana, Le Songe de l'Abbé.
Fundo: abadia de Royaumont, Ile de France.
Acresce que as propriedades dos monges possuíam uma estabilidade de séculos, e os vinhos, portanto, herdavam séculos de requintes.

Porém, a torpeza da Revolução Francesa golpeou a própria base desta paciente construção: a propriedade.

As abadias de Cluny e Cîteaux foram arrasadas e todos os bens da Igreja foram confiscados, depredados e vendidos a vil preço.

Alguns desses vinhedos haviam sido vendidos a particulares em tempos anteriores em circunstâncias diversas.

Foi o caso do vinhedo que produz um vinho cujo simples nome faz sonhar os especialistas: o de Romanée cedido em 1631, e o de Clos de Bèze em 1651.

Ainda hoje há vinhos abaciais produzidos por sucessores dos compradores dos vinhedos monásticos durante os desmandos democráticos revolucionários.

Os dias atuais exigem objetivos de rentabilidade que nem passavam pela cabeça dos monges que aspiravam à eternidade.

Mas, o exemplo dos religiosos medievais ainda exerce boa influência.

Como diz um dos atuais proprietários, citado por “Le Figaro”: “num local como este não há opção: nós temos a obrigação de fazer o melhor”.




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domingo, 7 de julho de 2024

Gastronomia original nasceu em aldeias à sombra de castelos e abadias

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Paralelamente ao fervor religioso que deu origem às peregrinações na Idade Média, foram se formando aldeias pitorescas aos pés dos santuários voltadas, muitas vezes ao atendimento dos peregrinos, ou simplesmente vivendo da vida da abadia, do castelo ou do santuário.

Várias dessas aldeias depois deram origem a cidades até grandes como Munique, na Alemanha.

Um exemplo menor, porém cheio de autenticidade e muito conservado até hoje é a charmosa aldeia construída colada ao Monte São Miguel,.

Toda a população do povoado (nunca foi grande, e ainda hoje contém menos de 100 pessoas) sempre teve sua vida voltada para o acolhimento dos peregrinos dos tempos remotos e dos turistas na atualidade.

No século XIX houve um reafervoramento desse espírito religioso e das peregrinações, tendo como conseqüência dois subprodutos culturais na região: as famosas omeletes da Mère Poulard e a carne de cordeiro pré-salgada.

Quanto à carne de cordeiro pré-salgada, é assim chamada porque os rebanhos de ovelhas que se criam junto ao Monte São Miguel alimentam-se de capim regularmente banhado pelas águas salgadas do mar.

Os animais — trata-se de uma variedade da raça Suffolk — crescem então com uma carne rica em sal e iodo, muito apreciada pelos gastrônomos.

A alimentação medieval, assim como as vestimentas, casas e tudo o que é necessário para a existência humana desconhecia a produção industrial de massa.

Tratava-se para cada região de viver com o que fornecia a natureza circundante.

O desejo das coisas nobres e requintadas continuamente alimentado pela Igreja, fazia que camponeses, artesões, donas de casa, em suma, todos os membros de uma mesma comunidade, estivessem sempre a procura de melhorar e requintar os elementos naturais de que dispunham na região.

Assim nasceram incontáveis maravilhas da gastronomia que até hoje turistas e importadores tentam saborear ou comerciar.

A simples mas deliciosa omelette da Mère Poulard, ou as carnes dos cordeiros e ovelhas do Monte Saint-Michel são um modesto e suculento exemplo.





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domingo, 23 de junho de 2024

Muitas pessoas procuram hoje o legado dos Templários

Capela octogonal do Convento de Cristo, Tomar, Portugal.
Capela octogonal do Convento de Cristo, Tomar, Portugal.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Os cavaleiros templários, da gloriosa ordem medieval para defender Jerusalém e os cristãos do furor muçulmano, foram denegridos durante quase mil anos pelos inimigos da Igreja Católica.

Sacrificando suas vidas, eles protegeram os peregrinos que iam a Jerusalém sendo frequentemente assaltados e mortos pelos fanáticos, seita muçulmana fundamentalista dos seljúcidas, além de bandos criminosos do deserto.

Nessa tarefa, a Ordem do Templo, criada por Hugo de Payens e nove cavaleiros guerreiros e monges franceses, forjou uma epopeia que hoje atrai com um vigor até pouco inimaginável.

Os cavaleiros templários receberam muitos presentes e doações em agradecimento pelas suas façanhas protetoras. Com elas construíram um poder imenso voltado para o bem da Igreja especialmente em Terra Santa.

Porém seus membros praticavam exemplarmente a pobreza evangélica.

Desse conjunto, cobiçado e saqueado até por maus reis e Papas cúmplices, restaram castelos, mosteiros, catedrais e capelas, em muitos recantos estratégicos da Europa, muitos deles em ruínas.

Porém hoje passaram a ser visitados como locais de peregrinação impregnados de uma santidade que faz regressar à Idade Média, registrou reportagem de “La Nación”.

No século XXI se multiplicam as viagens para saber como viveram esses admirados heróis, dissolvidos injustamente em 1312 pelo Papa Clemente V e uma conspiração de reis liderados por Felipe o Belo da França.

A Cruz dos Templarios, heerdada pela Ordem de Cristo estava nas velas das naus que descobriram o Brasil
A Cruz dos Templários, herdada pela Ordem de Cristo
estava nas velas das naus que descobriram o Brasil
Posteriormente, o Papado se retratou da condenação, mas os bens da Ordem já tinham sido rapinados e os cavaleiros tinham sido dispersados ou mortos.

Os monges guerreiros com uma enorme cruz vermelha em seus mantos e bandeiras brancas, montaram uma rede de 870 castelos nos quais administravam uma enorme riqueza destinada a financiar as Cruzadas e a luta contra o Islã invasor.

A cobiça perversa de suas posses extinguiu a Ordem que mantinha o mesmo espírito dos fundadores, malgrado houvesse entre eles alguns decadentes que participaram no crime histórico de sua dissolução.

Um dos roteiros mais percorridos pelos modernos admiradores começa pelos castelos dos Templários no centro de Portugal, não longe do santuário de Fátima.

Ali o principal monumento histórico e cultural Templários é o Convento de Cristo, em Tomar.

Os cavaleiros interditados no resto da Europa foram acolhidos pelo rei de Portugal, ajudaram na recuperação de Lisboa e de outras cidades da Península Ibérica aos muçulmanos, e receberam o nome de Ordem de Cristo.

O rei Afonso I de Portugal concedeu-lhes as terras entre Coimbra e Santarém. Ali construíram em 1160 uma gigantesca fortaleza com parede dupla e torres de planta quadrada e semicircular, rodeando uma suave colina.

Da fortaleza, ou Convento de Cristo, magnífica obra de arquitetura de estilo gótico, conserva-se a capela octogonal dos Templários, semelhante ao Santo Sepulcro – e os alojamentos dos frades e servos.

Fato destacado é que as naus em que Pedro Alves Cabral descobriu o Brasil levavam inscritas em suas velas a Cruz de Cristo que não era outra senão à da Ordem do Templo.

Admiráveis construções militares estão impregnadas dos imponderáveis heroicos e fantásticos da Rota dos Templários de Portugal.

Castelo de Almourol, estrategicamente localizado numa pequena ilha do rio Tejo
Castelo de Almourol, numa pequena ilha do rio Tejo
Destacam-se o Castelo de Almourol, estrategicamente localizado numa pequena ilha do rio Tejo – que marcava a fronteira entre cristãos e muçulmanos – e as fortificações de Pombal, Monsanto e Soure.

Em gratidão pelas sua gesta heróica contra os muçulmanos, os reis de Leão, Espanha, em 1178 lhes doaram uma antiga fortificação celta e um século depois, em 1282, o Castelo de Ponferrada ou Castelo dos Templários, em Leão.

Esse castelo foi num enclave privilegiado às margens do rio Sil para proteger os peregrinos que perfaziam o Caminho de Santiago.

Construção típica da Idade Média, precisamente o que admiram os homens agastados com o século XXI, tem paredes feitas de pedras talhadas à mão e coroadas por bandeiras, cinco torres e um fosso profundo protegido por grades.

Outros castelos Templários muito visitados na Espanha ficam em Peñíscola (Castellón), Jerez de los Caballeros (Badajoz), Monzón (Huesca), Caravaca de la Cruz (Murcia), de la Zuda (Tortosa, Tarragona) e San Servando (Toledo).

O único castelo templário que resta na França, o Castelo de La Couvertoirade, foi construído pelos Templários no final do século XII, em Aveyron, uma cidade de conto de fadas no sul do país perto de Montpellier.

La Couvertoirade é uma das aldeias francesas mais bonitas segundo a associação Les Plus Beax Villages de France. É o cenário ideal de um conto de batalhas fantásticas, com seus barquinhos e casas construídas nas pedras do planalto de Larzac.

O castelo foi herdado pelos cavaleiros Hospitalares, ou Ordem de Malta. Eles construíram a igreja, e as muralhas que protegiam a cidade em crescimento.

Os gloriosos Cavaleiros Templários e sua injusta condenação legaram para a historia uma aura de santidade peculiar e de mistério que empolgou um grande público. A quantidade de pessoas que viaja todos os dias para visitar seus antigos castelos é prova isso.

E não só as pessoas vão procurar apenas páginas perfumadas do passado.

Elas vão indagar se ali não se fareja um futuro que parece cada vez mais próximo feito de heroísmo e santidade até com o sacrifício das próprias vidas.

Eles fizeram esse sacrifício pela libertação do Santo Sepulcro de nosso Senhor Jesus Cristo. Mas hoje paradoxalmente parece jazer também em como que um Sepulcro a Santa Igreja Católica em crise.




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