Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Com armas, armaduras, estandartes, cruzes e apetrechos, milhares de europeus revivem cada ano grandes momentos da gesta medieval.
Eles recriam ambientes e exércitos que causam inveja ao cinema pela exatidão da reconstituição histórica.
Na Inglaterra por volta de 20.000 pessoas participam de 300 re-encenações por ano, segundo a BBC.
Elas são sempre mais numerosas.
Destaca-se a re-encenação da batalha de Hastings (1066) [fotos].
Nela, Guilherme o Conquistador, vindo da Normandia, fez valer seus direitos ao trono de Santo Eduardo III, Rei e Confessor, da Inglaterra.
Andreas Wenzel, 30, participante em Hastings, é manager de marketing mas fala constantemente sobre armaduras, armas e histórias de guerra do século XV.
Ele deplora a falta de autenticidade dos filmes.
Para estas re-encenações, os arqueiros reconstituíram os arcos da época.
De fato, eles não eram mais fabricados porque são tão fortes que “o pessoal não consegue usá-los”.
O professor Martin Daunton, da Royal Historical Society, sublinha o valor educativo para as crianças.
Mas, para os adultos é uma via de fugir do presente enfadonho e imergir num ambiente onde as coisas tinham transcendência.
Homens e mulheres modernos se vestem e se armam como na Idade Média, engajam combates (virtuais) e gastam nisso quantias apreciáveis dos seus recursos.
Fariam isso se não estivessem cansados da chatice moderna?
VEJA MAIS FOTOS DA RE-ENCENAÇÃO DA BATALHA DE HASTINGS