domingo, 13 de janeiro de 2013

Enlevo pela Idade Média revive episódios históricos

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Com armas, armaduras, estandartes, cruzes e apetrechos, milhares de europeus revivem cada ano grandes momentos da gesta medieval.

Eles recriam ambientes e exércitos que causam inveja ao cinema pela exatidão da reconstituição histórica.

Na Inglaterra por volta de 20.000 pessoas participam de 300 re-encenações por ano, segundo a BBC.

Elas são sempre mais numerosas.

Destaca-se a re-encenação da batalha de Hastings (1066) [fotos].

Nela, Guilherme o Conquistador, vindo da Normandia, fez valer seus direitos ao trono de Santo Eduardo III, Rei e Confessor, da Inglaterra.

Andreas Wenzel, 30, participante em Hastings, é manager de marketing mas fala constantemente sobre armaduras, armas e histórias de guerra do século XV.

Ele deplora a falta de autenticidade dos filmes.

Para estas re-encenações, os arqueiros reconstituíram os arcos da época.

De fato, eles não eram mais fabricados porque são tão fortes que “o pessoal não consegue usá-los”.

O professor Martin Daunton, da Royal Historical Society, sublinha o valor educativo para as crianças.

Mas, para os adultos é uma via de fugir do presente enfadonho e imergir num ambiente onde as coisas tinham transcendência.

Homens e mulheres modernos se vestem e se armam como na Idade Média, engajam combates (virtuais) e gastam nisso quantias apreciáveis dos seus recursos.

Fariam isso se não estivessem cansados da chatice moderna?


VEJA MAIS FOTOS DA RE-ENCENAÇÃO DA BATALHA DE HASTINGS



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