domingo, 24 de abril de 2022

São Gregório VII face aos atentados
contra os fiéis ministros da Igreja

Busto de São Gregório VII  em ouro e prata, na catedral de Salerno
Busto de São Gregório VII  em ouro e prata, na catedral de Salerno
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




São Gregório VII foi, sem dúvida, o Papa por excelência da História da Igreja.

Lutador indomável contra o cisma do Oriente, as heresias, o Império revoltado e um antipapa usurpador, foi também o idealizador das Cruzadas que libertaram o Santo Sepulcro de Nosso Senhor.

Entretanto, um tal gigante na defesa da Igreja não descuidava dos humildes.

Ele sabia descobrir, no combate humilde e corajoso, o ferido que sofria pela causa da Igreja, e o cercava de uma admiração e de uma ternura que não podia dar aos chefes, cuja fidelidade era devida ao preço da glória.

Leia-se esta carta a um pobre padre milanês chamado Liprand, que os simoníacos haviam mutilado de maneira bárbara:

“Se nós veneramos a memória dos santos que foram mortos depois que seus membros foram cortados pelo ferro, se celebramos os sofrimentos daqueles que nem o gladio nem os sofrimentos puderam separar da fé em Cristo, tu és mais digno de louvores ainda, por ter merecido uma graça que, se a ela se juntar a perseverança, te dá uma inteira semelhança com os santos.

“A integridade de teu corpo não existe mais; mas o homem interior, que se renova dia a dia, desenvolveu-se em ti com grandeza.

“Exteriormente as mutilações desonram teu rosto, mas a imagem de Deus, que é o brilho da Justiça, fez-se em ti mais graciosa por tua ferida, mais atraente pela deformação que se imprimiu a teus braços.

“A Igreja diz de si mesma no Cântico: ‘Eu sou negra, ó filhas de Jerusalém’.

“Assim, portanto, tua beleza interior não diminuiu com essas cruéis mutilações.

“Teu caráter sacerdotal, que é santo, e que é preciso reconhecer muito mais na integridade das virtudes do que na dos membros, não sofreu nenhuma desvantagem.

São Gregório VII excomunga o imperador Enrique IV que perseguia a Igreja.
São Gregório VII excomunga o imperador Enrique IV que perseguia a Igreja.
“Antigamente o Imperador Constantino foi visto beijar respeitosamente, no rosto de um bispo, a cicatriz de um olho que lhe fora arrancado pela sua fidelidade ao nome de Cristo.

“O exemplo dos Padres e as antigas escrituras nos recomendam manter os mártires no exercício do ministério sagrado, mesmo depois das mutilações que eles sofreram em seus membros.

“Tu, portanto, mártir de Cristo, sê pleno de segurança no Senhor. Olha a ti mesmo como tendo dado um passo a mais em teu sacerdócio. Ele te foi conferido com os óleos santos, e hoje, ei-lo selado com teu próprio sangue.

“Se muito te reduziu, muito te é necessário pregar o que é o bem, e semear esta palavra que produziu cem por um.

“Nós sabemos que os inimigos da Santa Igreja são teus inimigos e teus perseguidores.

“Não os temas, e nem tremas diante deles, porque nós guardamos com amor, sobre nossa tutela e da Sé Apostólica, tua pessoa e tudo o que se refere a ti.

“E se for necessário recorreres a nós, aceitamos desde já teu apelo, dispostos a te receber com alegria e grande honra, logo que venhas até nós e até esta Santa Sé”.


(Autor: D. Guéranger, “L’Année Liturgique”- Paris, 1897, vol. 3, p. 503)




AS CRUZADASCASTELOS MEDIEVAISCATEDRAIS MEDIEVAISHERÓIS MEDIEVAISORAÇÕES E MILAGRES MEDIEVAISCONTOS E LENDAS DA ERA MEDIEVALA CIDADE MEDIEVALJOIAS E SIMBOLOS MEDIEVAIS

domingo, 17 de abril de 2022

Feliz concórdia medieval entre Sacerdócio e Império

O rei Filipe I da França conversa com o Papa Pasqual II. Grandes Chroniques de France, Bibliotèque National de France.
O rei Filipe I da França conversa com o Papa Pasqual II.
Grandes Chroniques de France, Bibliothèque National de France.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




No âmago da grande paz e da luminosa ordem medieval nós encontramos a união entre o Poder Espiritual e o Poder Temporal.

Não havia indiferentismo do Estado, nem laicismo agressivo, nem oposição crônica e desgastante entre os dois.

A Igreja não só respeitava as legítimas autoridades. Foi Ela, muitas vezes, a que instituiu e organizou os sistemas de governo, a partir de realidades embrionárias preexistentes, como o reino bárbaro dos francos ou dos hunos (húngaros).

E Ela vigiava como uma mãe para que o filho perseverasse pelo bom caminho.

Hoje, na imensa maioria dos casos, o filho está em estado de indiferença ou até revolta contra a mãe.

E então vemos imensas durezas na vida diária, crises e desajustes um pouco por toda parte. Os cidadãos sofrem as consequências, como filhos de pais divorciados em perpétua briga.

São Remígio batiza Clóvis, rei dos francos. Foi a nascença da França. Grandes Chroniques de France, Bibliothèque National de France.
São Remígio batiza Clóvis, rei dos francos. Foi a nascença da França.
Grandes Chroniques de France, Bibliothèque National de France.
Há até escritores que esperneiam e esbravejam contra essa feliz concórdia entre o Estado e a Igreja, entre o Sacerdócio e o Império.

Mas essa união fundamental entre os pensamentos, os desejos profundos e o sentimentos da Ordem Temporal e o da Ordem Espiritual da Idade Média foi defendida em documentos do Magistério eclesiástico que ficaram gravados para sempre.

E também em escritos luminosos de grandes Doutores da Igreja, santos e bons teólogos.

A título de exemplo, transcrevemos a seguir tópico da Encíclica “Immortale Dei” do Papa Leão XIII. Mais abaixo, reproduzimos carta de São Bernardo a Conrado, Imperador do Sacro Império Romano Alemão.

Papa Leão XIII:

“Então [na Idade Média] a Religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente, graças ao favor dos Príncipes e à proteção legítima dos Magistrados. Então o Sacerdócio e o Império estavam ligados entre si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa de bons ofícios.”
(Encíclica “Immortale Dei”, de 1º-11-1885 -- nº28, Ed. Vozes, Petrópolis,1954, Doc. Pont. nº14, p.15)
Coroa de Carlos Magno, primeiro imperador sagrado pelo Papa
Coroa dos imperadores do Sacro Império

São Bernardo:
“A realeza e o sacerdócio não podiam estar unidos por mais suaves e mais fortes vínculos do que estiveram na pessoa de Jesus Cristo, que nasceu Sacerdote e Rei, descendente das tribos de Levi e de Judá.

“Ademais, reuniu Ele uma e outro [realeza e sacerdócio] em seu Corpo Místico, que é o povo cristão, do qual Ele é a Cabeça, de modo que esta progênie de homens é chamada pelo Apóstolo: a raça eleita, o sacerdócio real (I, Pedr., II, 9); e em outra passagem, todos os predestinados são qualificados de reis e sacerdotes (Apoc., I, 6; V, 10).

“Portanto, não separe o homem o que Deus uniu! Pelo contrário, procure ele pôr em prática o que sancionou a Lei divina. Aqueles que estão unidos por sua instituição, estejam igualmente unidos pelo espírito e pelo coração; que se entreajudem, apóiem-se e se defendam mutuamente.

O Papa Pio XII com a pompa que a Igreja e a Cristandade reconheciam ao sucessor de São Pedro. O modernismo aboliu.
O Papa Pio XII com a pompa que a Igreja e a Cristandade
reconheciam ao sucessor de São Pedro. O modernismo aboliu.
“Se um irmão ajuda o irmão, diz a Escritura, ambos se consolarão”. Porém, se entram em rixa e se ferem, cairão na desolação.

“Longe de mim aprovar os que pretendem que a paz e a liberdade da Igreja sejam nocivas aos interesses do Império, ou que a prosperidade e a grandeza do Império sejam contrárias aos interesses da Igreja!

Deus, fundador de um e de outra, não os uniu para que se destruíssem, mas para que se edificassem reciprocamente”.

(São Bernardo, Epístola 244, a Conrado, Rei dos Romanos, em 1146; apud Mons. Henri Delassus, La mission posthume de Sainte Jeanne d'Arc et le règne social de Notre-Seigneur Jésus-Christ, t. II, c. LI, pp. 302-303).



AS CRUZADASCASTELOS MEDIEVAISCATEDRAIS MEDIEVAISHERÓIS MEDIEVAISORAÇÕES E MILAGRES MEDIEVAISCONTOS E LENDAS DA ERA MEDIEVALA CIDADE MEDIEVALJOIAS E SIMBOLOS MEDIEVAIS

domingo, 10 de abril de 2022

A entrada de Jesus em Jerusalém no Domingo de Ramos

Jesus entrou num humilde burrico
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








No Domingo de Ramos, comemora-se a entrada triunfante de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém.

No andor principal Nosso Senhor entra sobre um burrico na Cidade Santa.

No andor seguinte, a Mãe de Deus contempla a tragédia que se avoluma.

A entrada de Jesus em Jerusalém, no Domingo de Ramos, patenteia quanto o povo O apreciava incompletamente.

Aclamavam-No, é verdade, mas Ele merecia aclamações incomensuravelmente superiores, e uma adoração bem diversa!

Humildemente sentado num burrico, Ele atravessava aquele povo, impulsionando todos ao amor de Deus.

Em geral, as pinturas e gravuras O apresentam olhando pesaroso e quase severo para a multidão.

Para Ele, o interior das almas não oferecia segredo.

Ele percebia a insuficiência e a precariedade daquela ovação.

Nossa Senhora acompanhava passo a passo a tragédia
Nossa Senhora percebia tudo o que acontecia, e oferecia a Nosso Senhor a reparação do seu amor puríssimo.

Que requinte de glória para Nosso Senhor!

Porque Nossa Senhora vale incomparavelmente mais do que todo o resto da Criação.

Este é o lado misterioso da trama dos acontecimentos da Semana Santa.

Maria representava todas as almas piedosas que, meditando a Paixão, haveriam de ter pena d’Ele e lamentariam não terem vivido naquele tempo para tomar posição a seu lado.



VÍDEO: ENTRADA DE JESUS EM JERUSALÉM





Palm Sunday: triumphal entrance of Our Lord Jesus Christ in Jerusalem.
(english version)

>

(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, “Catolicismo”, abril de 2003)




AS CRUZADASCASTELOS MEDIEVAISCATEDRAIS MEDIEVAISHERÓIS MEDIEVAISORAÇÕES E MILAGRES MEDIEVAISCONTOS E LENDAS DA ERA MEDIEVALA CIDADE MEDIEVALJOIAS E SIMBOLOS MEDIEVAIS

domingo, 3 de abril de 2022

Armonias de Notre Dame tocam o fundo das almas

Saint-Eustache encheu para ouvir o Coro de Notre Dame
Saint-Eustache encheu para ouvir o Coro de Notre Dame no Natal
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Passaram-se dois anos e meio desde o incêndio que devastou Notre Dame. Mas quando se anunciou que o coro da Catedral de Notre Dame voltaria a cantar para o Natal na imensa igreja de Saint-Eustache o público acorreu tão numeroso que quase não podiam se ver os cantores, observou o correspondente do “The New York Times”.

A tradição musical de Notre Dame é tão antiga quanto a própria catedral, cujas origens góticas remontam ao século XII. Ali nasceu o cântico polifônico além de se desenvolver o gregoriano e a arte dos órgãos.

Quando a catedral ardeu, muitos choraram o fim de uma época gloriosa, que incluía a velha escola de música da catedral e seus coros, reunidos na Maîtrise de Notre Dame. A maior parte dos músicos e dos auxiliares foi dispensada.

Mas Notre Dame pode dizer de si as palavras de Cícero que a Igreja aplica a si própria: “alios vidi ventos aliasque procelas” (“Eu já vi outros ventos, e afrontei outras tenebrosas tempestades”) (L. Calpurnium Pisonem Oratio, n.IX)

“Estamos motivados pela certeza de que Notre Dame reabrirá”, disse Yves Castagnet, o organista mestre que toca em Notre Dame há 33 anos. O grande órgão não foi atingido pelo incêndio, mas foram desmontadas suas milhares de peças e tubos, um por um, para uma limpeza e aprimoramento profundo. E está sendo montado de novo.

A catedral é um local de peregrinação e seu fechamento para reparação deixa o coração partido. Há a sensação de que algo muito amado está faltando na época do Natal, quando a missa da véspera em Notre Dame se transformava num glorioso concerto de órgãos e coros.

A modo de reparação, mais de 100 igrejas de Paris ofereceram música nas missas e vésperas; mestres organistas e corais deram concertos programados, até as igrejas que a tempestade pós-conciliar devastou com mais intensidade que o incêndio de Notre Dame.

Neste Natal se somou a pandemia com sua variante ômicron, a polêmica do “passaporte sanitário”, as máscaras faciais obrigatórias detestadas por muitos, um alerta nível 4 “não viaje” para a França dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, enfim tudo conspirou contra a saudade da música natalina na catedral mãe de todas as igrejas de Paris.

Maîtrise de Notre Dame, antes do incêndio
Maîtrise de Notre Dame, antes do incêndio
A Maîtrise foi albergada, durante a reconstrução, em igrejas das mais antigas de Paris, como a mãe em desgraça é acolhida nas casas das filhas. Os serviços religiosos da catedral foram transferidos para Saint-Germain-l’Auxerrois.

A Vierge du Pilier, a estátua de Maria mais importante em Notre Dame, está refugiada ali. Ela já fora destruída pelo ódio da Revolução Francesa em 1793, refeita e instalada no local em que todos a vimos, pelo genial Viollet-le-Duc em 1858.

No incêndio, as traves em fogo ou carbonizadas caíram em torno dEla, mas saiu intacta.

Seja-me permitido evocar as incontáveis horas que eu passei rezando junto a ela em também incontáveis ocasiões. Ficava molesto pela incessante circulação de turistas e devotos que passavam diante dela e pela catedral toda, que me faziam pensar na prosaica movimentação das estações de metrô.

Mais de uma vez, reparei que numerosos romeiros ingressavam numa área cercada à sua esquerda, com grandes mesas e volumosos cadernos, e ali escreviam mensagens e sentimentos que não tinham a quem comunicar.

Fiquei curioso e fui ler o que ficava ali escrito para a posteridade. Nunca imaginaria o que li. Fiquei emocionado. Cada página desses imensos cadernos registrava o testemunho comovido de pessoas de todas as línguas que agradeciam as graças recebidas pela simples visita da catedral de Nossa Senhora.

Até tirei fotos de algumas páginas para nunca mais esquecer essa maravilha da ação da graça de Nossa Senhora nas almas do público que até poucos instantes atrás eu comparava erroneamente ao fluxo humano que corre pelo metrô.

Solistas da Maîtrise de Notre-Dame em Saint-Séverin
Solistas da Maîtrise de Notre-Dame em Saint-Séverin
“Tocamos música de 800 anos atrás, cantos gregorianos, requiems e música clássica francesa barroca e romântica alemã”, explica Henri Chalet, diretor da Maîtrise de Notre Dame.

Saint-Eustache, próximo ao Forum des Halles, Saint-Sulpice (maior que Notre Dame), no bairro Saint-Germain-des-Prés, tem dimensões para acolher os concertos dos grandes coros da Maîtrise que atraem as multidões.

Saint-Eustache é uma espécie de versão em miniatura de Notre Dame, inspirado na grande catedral gótica, e dotada de uma extraordinária acústica.

Saint-Sulpice exibe seu estilo barroco tardio, sobre as fundações de uma igreja românica do século XIII. Seu grande órgão de 6.600 tubos é um dos mais fabulosos de Paris e reboa na excelente acústica da igreja.

Os coros de Notre Dame também cantam na gótica Saint-Étienne-du-Mont, numa colina suave do Quartier Latin dedicada a Santa Genoveva, a padroeira de Paris, que pôs em fuga o feroz Átila, rei dos hunos, e cujo antigo sarcófago está ali preservado.

La Maîtrise também estará presente na gótica Saint-Séverin, ainda no Quartier Latin, não longe da catedral, que desde o século XI exibe em seu exterior como Notre Dame, gárgulas e arcobotantes, além de uma rosácea na entrada oeste.

A Sainte Chapelle não é usada como igreja desde a Revolução Francesa, mas, como Notre Dame, é um dos exemplos mais gloriosos da arquitetura gótica do mundo. A luz flui através de vitrais de 2.000 metros quadrados, na maioria do século XIII.

Certa feita, o público foi convidado a se retirar pois chegaria uma comissão do Ministério da Cultura da Itália e haveria uma sessão especial. Fiquei por último para sair, e enquanto lançava um derradeiro olhar admirativo o guarda me convidou a ficar.

Maîtrise de Notre Dame, em Notre Dame de Luxembourg
Maîtrise de Notre Dame, em Notre Dame de Luxembourg
Esse mesmo guarda deu uma explicação fabulosa dos vitrais, de como ler neles a História do mundo desde a Criação até o Juízo Final numa sapiencial e deslumbrante ordenação de cristais e cores.

A agulha da Sainte Chapelle em madeira e chumbo do século XIX, um terço menor mas não diferente da que desabou em Notre Dame, foi criada em 1853 por Adolphe Victor Geoffroy-Dechaume, colega de Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc, que desenhou a agulha de Notre Dame consumida pelas chamas.

Notre Dame tem um espírito que penetra e marca os lugares mais inesperados. Entre esses lugares, há uns que são os mais recônditos e nos quais ninguém – excetuada a graça divina – pode penetrar: o fundo das almas.

E este fundo, infelizmente adormecido após séculos de Revolução, de igualitarismo democrático ou socialista, hoje geme com saudades da velha catedral fechada e procura por todo lado um loca digno para reouvir os velhos cânticos que a impregnavam.

Quem sabe se a Mãe de Deus não quis um desastre como o de 2019 para despertar os corações dos filhos que pareciam não se interessar por Ela.




AS CRUZADASCASTELOS MEDIEVAISCATEDRAIS MEDIEVAISHERÓIS MEDIEVAISORAÇÕES E MILAGRES MEDIEVAISCONTOS E LENDAS DA ERA MEDIEVALA CIDADE MEDIEVALJOIAS E SIMBOLOS MEDIEVAIS