domingo, 30 de junho de 2019

Mulheres líderes da sociedade medieval

Mosteiro de Santa María la Real de las Huelgas, Burgos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Algo inédito e que nos dias de hoje ‒ tão democráticos ‒ jamais aconteceria:

No século XII, Robert d'Arbrissel, um dos maiores pregadores de todos os tempos resolveu fixar a multidão de seguidores seus na região de Fontevrault.

Para isso ele criou um convento feminino, um masculino e entre os dois uma Igreja que seria o único local aonde os monges e as monjas poderiam se encontrar.

Ora, este mosteiro duplo foi colocado sob a autoridade, não de um abade, mas de uma abadessa.

Esta, por vontade do fundador, devia ser viúva, tendo tido a experiência do casamento.

domingo, 23 de junho de 2019

A mulher na Igreja medieval

Profissão Solene de uma religiosa
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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Precisamente por causa da valorização prestada pela Igreja à mulher, várias figuras femininas desempenharam notável papel na Igreja medieval.

Certas abadessas, por exemplo, eram autênticos senhores feudais, cujas funções eram respeitadas como as dos outros senhores.

Administravam vastos territórios como aldeias, paróquias; algumas usavam báculo, como o bispo...

Seja mencionada, entre outras, a abadessa Heloisa, do mosteiro do Paráclito, em meados do século XII: recebia o dízimo de uma vinha, tinha direito a foros sobre feno ou trigo, explorava uma granja...

Ela mesma ensinava grego e hebraico às monjas, o que vem mostrar o nível de instrução das religiosas deste tempo, que às vezes rivalizavam com os monges mais letrados.

Pena faltar estudos mais sérios sobre o tema..

.É surpreendente ainda notar que a enciclopédia mais conhecida no século XII se deve a uma mulher, ou seja, à abadessa Herrade de Landsberg.

domingo, 16 de junho de 2019

O papel da mulher na Idade Média

Ana de Bretanha
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Há quem pense que na Idade Média o papel da mulher era o de submissão total e completo ostracismo.

Há quem cogite que se pensava que a alma da mulher não era imortal ‒ afirmação gratuitamente preconceituosa e contraditória (se a alma é espiritual e imortal, como a alma feminina não seria? Seria uma alma mortal?).

Como a Igreja seria hostil a esses seres sem alma, mas durante séculos batizou, confessou e ministrou a Eucaristia a essas criaturas?