São Silvestre I, (280-335 d.C.) |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
continuação do post anterior: São Silvestre I, o primeiro Papa-rei de Roma
O princípio da constantinização é duplo:
Primeiro, de ordem política. Esse princípio parte do reconhecimento de que a Igreja Católica é a única verdadeira.
E é fácil de perceber que Ela é a única Igreja verdadeira; todo homem que pode conhecer a Igreja e não adere, é culpado.
E a Igreja deve do Estado, a proteção e o apoio, o respeito e as honras que se tributam ao que é divino.
A Igreja é uma entidade mais nobre e poderosa do que o Estado na ordem profunda das coisas, porque Ela é divina.
Daí então a famosa comparação de São Gregório VII: a Igreja é como o sol, e o Estado é como a lua.
A lua recebe a sua luz do sol e o Estado recebia todo o seu lume da Igreja.
Segundo, as coisas esplêndidas e magníficas da terra foram feitas sobretudo para o culto de Deus, e não sobretudo para o uso do homem.
De maneira que os incensos mais magníficos, os tecidos mais estupendos, o ouro mais puro, a prata mais refinada, os materiais mais luxuosos devem ser extraídos da terra pelo homem.
Mas, antes de se destinarem ao adorno da vida humana, destinam-se ao serviço de Deus.