domingo, 26 de julho de 2020

São Silvestre I: tirou a Igreja das catacumbas e a fez pomposa e soberana

São Silvestre I, (280-335 d.C.)
São Silvestre I, (280-335 d.C.)
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






continuação do post anterior: São Silvestre I, o primeiro Papa-rei de Roma




O princípio da constantinização é duplo:

Primeiro, de ordem política. Esse princípio parte do reconhecimento de que a Igreja Católica é a única verdadeira.

E é fácil de perceber que Ela é a única Igreja verdadeira; todo homem que pode conhecer a Igreja e não adere, é culpado.

E a Igreja deve do Estado, a proteção e o apoio, o respeito e as honras que se tributam ao que é divino.

A Igreja é uma entidade mais nobre e poderosa do que o Estado na ordem profunda das coisas, porque Ela é divina.

Daí então a famosa comparação de São Gregório VII: a Igreja é como o sol, e o Estado é como a lua.

A lua recebe a sua luz do sol e o Estado recebia todo o seu lume da Igreja.

Segundo, as coisas esplêndidas e magníficas da terra foram feitas sobretudo para o culto de Deus, e não sobretudo para o uso do homem.

De maneira que os incensos mais magníficos, os tecidos mais estupendos, o ouro mais puro, a prata mais refinada, os materiais mais luxuosos devem ser extraídos da terra pelo homem.

Mas, antes de se destinarem ao adorno da vida humana, destinam-se ao serviço de Deus.

domingo, 19 de julho de 2020

São Silvestre I, o primeiro Papa-rei de Roma

Sob São Silvestre I a Igreja saiu do opróbio persecutório  do tempo das catacumbas. Catedral Notre Dame de Paris
Sob São Silvestre I a Igreja saiu do opróbrio persecutório
do tempo das catacumbas. Catedral Notre Dame de Paris
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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Dom Prosper Guéranger OSB (1805-1875), refundador da Abadia de Solesmes, escreveu em sua célebre obra L’Année Liturgique um grande elogio de São Silvestre I Papa (280-335), na qual, entre outras coisas, ele diz:

“Era justo, então, que a Santa Igreja, para reunir nessa oitava triunfante todas as glórias do céu e da terra, inscrevesse nesses dias, o nome de um santo confessor que representasse todos os confessores.

“Este é São Silvestre, esposo da Santa Igreja Romana e, por ela, da Igreja Universal.

“Um pontífice de reinado longo e pacífico, um servidor de Cristo ornado de todas as virtudes, e dado ao mundo após esses combates furiosos que tinham durado três séculos, nos quais triunfaram pelo martírio milhares de cristãos sob a direção de numerosos papas, mártires predecessores de Silvestre.

“Silvestre anuncia também a paz que Cristo veio trazer ao mundo e que os anjos cantaram em Belém.

domingo, 12 de julho de 2020

O mistério do 'cavaleiro verde'

Batalha de Tiro, 1187. 'Les Passages d'Outremer'. Foto Wikipedia
O 'Cavaleiro Verde' na batalha de Tiro, 1187. 'Les Passages d'Outremer'. Foto Wikipedia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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Mais de 900 anos atrás, lutou na Terra Santa um cavaleiro espanhol de nome Sancho Martín.

Pelos seus atos corajosos e suas roupas de cor marcante, os turcos o apelidaram de O Cavaleiro Verde.

A não confundir com o personagem fictício “Green Knight” do poema do Rei Arturo.

Agora, o livro “El Caballero Verde” com sua curta história, ganhou o Prêmio Narrativo da Cidade de Logroño, segundo noticiou o jornal espanhol “El Mundo”.

E aí começa o mistério. As fontes históricas de época alguma não sabem dizer quem foi Sancho Martín.

Tal vez foi aragonês, navarro ou castelhano, pelo nome Sancho. As fontes árabes lhe atribuem origem em Castela, mas não se pode ter certeza.

Apareceu em Terra Santa, no início da Terceira Cruzada, após a perda de Jerusalém (1187) e quando só ficavam poucos enclaves cristãos na costa da Síria.

Tudo parecia perdido para os seguidores de Cristo, quando desceu de um navio um cavaleiro de bravura e liderança inigualada. Ele vestia todo de verde e ostentava uma cornadura de cervo em seu capacete.

domingo, 5 de julho de 2020

Por quê decaiu a Idade Média?


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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No século XIV começa a observar-se, na Europa cristã, uma transformação de mentalidade que ao longo do século XV cresce cada vez mais em nitidez.

O apetite dos prazeres terrenos se vai transformando em ânsia.

As diversões se vão tornando mais freqüentes e mais suntuosas. Os homens se preocupam sempre mais com elas.

Nos trajes, nas maneiras, na linguagem, na literatura e na arte o anelo crescente por uma vida cheia de deleites da fantasia e dos sentidos vai produzindo progressivas manifestações de sensualidade e moleza.

Há um paulatino deperecimento da seriedade e da austeridade dos antigos tempos. Tudo tende ao risonho, ao gracioso, ao festivo.