domingo, 29 de agosto de 2021

Othon I, o Grande, restaurador da obra de Carlos Magno

Othon I representado no sarcófago de Carlos Magno, Aachen
Othon I representado no sarcófago de Carlos Magno, Aachen
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Othon I, o Grande, foi chamado a reger o Sacro Império num momento muito delicado.

O sacro império fora instituído na pessoa de Carlos Magno que foi o ápice da sua dinastia. Os Carolíngios, isto é seus descendentes, gastaram inconsideradamente o patrimônio legado pelo grande Carlos em brigas recíprocas sem glória.

Depois do filho de Carlos Magno Luiz, o Piedoso, o Império foi dividido em três partes.

A França e a parte espanhola do Império coube ao príncipe Luis; a Alemanha coube a Carlos outro filho e a parte central coube a um terceiro filho de nome Lotário.

Esta parte central ocupava os Países Baixos, a Alemanha mais ou menos na linha da Borgonha e da Lorena, a Suíça e a Itália. Formava um grande eixo que corria a Europa de Norte a Sul.

domingo, 22 de agosto de 2021

A sociedade medieval: algo do Céu na Terra

Altar Santo André

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A arquitetura, a arte, o ambiente, a sociedade medieval auxiliam os fiéis a terem, por assim dizer, “saudades” do Céu.

A partir de suas realizações, elas elevam as almas para algo de celestial.

“A Igreja apresentava-se habitualmente com uma aparência de Céu na Terra, de modo tal que a pessoa, ao analisá-la e contemplá-la, sentia-se convidada para ingressar numa espécie de Céu da alma nesta Terra.

“Tudo quanto é medieval, e que se orienta nessa linha — dir-se-ia a nota tônica da Idade Média —, é impregnado disso: uma sociedade que, mesmo em seus aspectos temporais, apresenta algo de celeste na Terra.

domingo, 15 de agosto de 2021

Mont Saint-Michel: píncaro de força, beleza e fé

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Quem observe o mapa da França, notará em sua costa ocidental, banhada pelo Atlântico, duas pontas ou imensas penínsulas: a maior, toda recortada em ilhas e pequenas baías, a desafiar o imenso oceano; a menor, lembrando um chifre voltado para a Inglaterra, situada ao norte.

A primeira corresponde à Bretanha; e a segunda pertence à Normandia.

Uma baía separa as duas penínsulas, e um rio, o Couesnon, divide os dois grandes ducados históricos.

domingo, 8 de agosto de 2021

O rei da França e a "Maravilha"
do monte de São Miguel do Perigo

Luis Dufaur
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Em 966, a pedido do duque da Normandia, os monges beneditinos instalaram-se no Monte São Miguel, e construíram outra igreja.

No século XI, nova e magnífica igreja abacial ergueu-se no cume do rochedo, sobre um conjunto de criptas: os medievais a viam como figura da Jerusalém celeste.

No século seguinte fizeram-se novas ampliações na abadia.

Em 1204, uma parte da abadia foi destruída por um incêndio.

No mesmo ano o rei Filipe Augusto, avô de São Luís, venceu definitivamente os normandos, anexando o ducado à Coroa de França.

domingo, 1 de agosto de 2021

À procura do Paraíso: as almas dos construtores da Idade Média

Luis Dufaur
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Para a mentalidade medieval esta terra é uma terra da exílio na qual, entretanto, há um paraíso: a Santa Igreja Católica, a única igreja verdadeira do único Deus verdadeiro. E os vitrais eram as janelas desse paraíso.

Os romanos descobriram o vidro, mas nunca fizeram um vitral.

Quando começou então a história do vitral?

Quando nasceu o desejo do maravilhoso.

Se as almas dos vitraleiros — se a palavra existe no português — não fossem ávidas deste azul, daquele verde, daquele dourado, eles teriam tomado o trabalho de encontrar essas cores?