domingo, 27 de dezembro de 2020

O senhor feudal criminoso, o ermitão piedoso e o misterioso barrilzinho

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Habitava nos confins da Normandia um destemido cavaleiro, cujo nome causava terror na região. De seu castelo fortificado junto ao mar, não receava nem mesmo o rei.

De grande estatura e belo porte, era no entanto vaidoso, desleal e cruel, não temendo a Deus nem aos homens.

Não fazia jejum nem abstinência, não assistia à Missa nem ouvia sermões. Não se conhecia homem tão mau.

Numa Sexta-feira Santa, bradou ele aos cozinheiros:
— Aprontai-me para o almoço a peça que cacei ontem.

Ouvindo isto, seus vassalos exclamaram:

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Tesouros de Natal: São Nicolau, a árvore maravilhosa, Santa Lucia e o pudding real

Natal 2020, anônimo peruano e igreja colegiata de Thann, Alsacia
Natal 2020, anônimo peruano e igreja colegiata de Thann, Alsácia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Natal abre clareiras de luz e alegria nas trevas e nas tristezas.

Enquanto em Belém raiava a salvação, o imperador Augusto refletia o fracasso de sua política moralizadora.

Perto dele iam noite adentro as orgias e os arúspices e falsos teólogos jogavam as sortes com o oculto.

Eles não sabiam a sociedade do futuro se decidia num estábulo da Judeia.

Ali as mãos virginais de Maria davam ao mundo o Messias que o redimiria com seu sangue, o reorganizaria com seu Evangelho e o inundaria de gáudios com sua graça.

Quem foi São Nicolau?

domingo, 20 de dezembro de 2020

Por que o Natal aparece tão ligado à Idade Média?

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Por que as alegrias e o imponderável sobrenatural do Natal aparecem ligados à Idade Média?

A cidadinha de Siegburg, oeste da Alemanha, parece ter o segredo da resposta.

Ela revive a tradição da Idade Média abrindo mão do conforto da modernidade.

domingo, 13 de dezembro de 2020

A “Seita dos Assassinos” e os mistérios do Terror islâmico

Um fanático do Velho da Montanha (turbante branco) assassina o vizir Nizam-al-mulk. Museu de Topkapi, Estambul
Um fanático do Velho da Montanha (turbante branco) assassina o vizir Nizam-al-mulk.
Museu de Topkapi, Estambul
Luis Dufaur
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Os seguidores do Islã se subdividem em incontáveis seitas, algumas deveras extravagantes ou que fazem interpretações especialmente criminosas do Corão.

E isso não é novo nem de espantar pois o próprio São Tomás de Aquino nos advertiu:

“Maomé manifestou ter sido enviado pelo poder das armas, que também são sinais dos ladrões e dos tiranos. Nele, porém, acreditaram homens que, animalizados no deserto, eram totalmente ignorantes da doutrina divina” (Suma contra los Gentiles. Livro I, Capítulo VI, Club de Lectores, Buenos Aies, 1951, 321. p.76 e ss.).

Hoje, arqueólogos buscam desvendar os segredos que cultuavam a “seita dos assassinos”, um grupo religioso medieval maligno liderado pelo dito “Velha da Montanha”. Para isso escavam nas ruínas do castelo da seita no acidentado vale iraniano de Alamut, escreve “Clarín”.

domingo, 6 de dezembro de 2020

O ameaçado encanto dos mercadinhos de Natal

Feira de Natal, Frankfurt
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Eles nos afastavam da banalidade comercial que se apropriou da magna festa cristã.

Neles triunfava o sorriso sobrenatural do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo que enchia de alegria suave e de aconchego as praças de cidades e aldeias, de palácios e choupanas da Idade Média.

A tradição, embora deformada, pervive até hoje, mas está ameaçada com sofismas.

Trata-se das feiras de Natal que ainda dominavam em cidades alemãs, austríacas, alsacianas, etc., na Europa.

Elas constituíam um eco saudoso, requintado em épocas posteriores, do Natal medieval.

Cheiro de ervas, amêndoas torradas, vinho, cravo, canela, incenso e resina de pinheiro.

Enfeites natalinos que falavam não ao corpo mas à alma nos faziamm reviver as profundas alegrias da infância.