Farmacêutico medieval |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A procura de uma vacina ou de um remédio para vencer a epidemia da covid-19 levou à busca das mais diversas fórmulas ou tratamentos de saúde.
E eis que uma poção para os olhos usada há 1.200 anos, portanto dos inícios da Idade Média, mostrou que pode ajudar os cientistas em sua batalha contra a resistência de bactérias a antibióticos atuais, segundo informaram jornais como “Folha de S.Paulo” e “GauchaZH”.
Encontrada num tratado de medicina medieval, a receita foi reproduzida e testada por cientistas da Universidade de Warwick, na Inglaterra. O experimento foi publicado no Scientific Reports, da famosa revista Nature.
Feito à base de cebola, alho, vinho e sais biliares, ele é muito caseiro e se revelou seguro para as células humanas e eficaz no combate a colônias de microrganismos que funcionam como uma proteção para as bactérias, reduzindo a ação dos antibióticos atuais.
O combate ao tártaro dos dentes é um exemplo, mas há outros casos especialmente difíceis de tratar, como o de úlceras nos pés de pacientes diabéticos, em que o unguento medieval mostra sua ativa eficácia.
O bálsamo faz parte do Bald's Leechbook — ou “livro de prescrições médicas de Bald”. Trata-se de um manuscrito compilado no século IX durante as reformas educacionais do rei anglo-saxão Alfredo, o Grande.
Ele foi recuperado e testado por pesquisadores do Ancientbiotics.