![Tribunal de Poitiers, salle des pas perdus](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNr6WpCXH20-QuLsFC0nJKuKyFv42P6wwiwjkjYerUw3S3BYSuh6hmUqmheV7jofw6IH3-7ss56Mca7VDBFT-ZGgh83pmafUxa6cniuIrbJMS-ZAWbrANfQftXzAKLdphIvte-8-w1h8o/w532-h801/Tribunal+de+Poitiers,+salle+des+pas+perdus.jpg) |
Fogões do Tribunal de Poitiers, salle des pas perdus |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIYLpy4jkPD7Km5RmNflVdbh3gBKbP12aFCz_iQKU8fXV4luNHBrFu-fTZS27UebmOTd-nUWC6zuX0oqvWY9dVN-ATmn3dfXRZ6UI453dc_0p9DCqW5x1Z9mMPwgRLG-ybAYl6csKVJVTt/s1600/LuisDufaur-Polonia.png) |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
|
Na cozinha (imaginemos aquela cozinha de heróis, com sete fogões gigantescos, que é o único conservado até hoje do que fora o Palácio Ducal de Dijon) está sentado o cozinheiro de plantão numa poltrona, situada entre o fogão e os diversos serviços, da qual pode contemplar a cozinha inteira.
Na mão tem uma grande colher de pau “que lhe serve para duas finalidades: a primeira, experimentar as sopas e os molhos; a segunda, empurrar os serventes da cozinha para as suas obrigações e, se for necessário, bater neles mais de uma vez”.
Em raras ocasiões ‒ quando chegam as primeiras trufas ou o primeiro arenque novo ‒ apresenta-se o cozinheiro para servir pessoalmente, nesse caso levando a tocha na mão.
Para o grave cortesão que no-las descreve (La Marche) todas estas coisas são sacros mistérios, dos quais fala com respeito e com uma espécie de discurso escolástico.
“Quando eu era pajem ‒ diz La Marche ‒ era ainda demasiado jovem para entender questões de precedência e cerimonial”.