Ricardo III, último rei inglês da dinastia Plantageneta |
Tratou-se de uma guerra civil entre as casas de York – i. é., a dinastia Plantageneta, de quem Ricardo III foi o último herdeiro – e a de Lencastre – i. é., da dinastia de Tudor, que levou a melhor.
Seu adversário Henrique VII foi coroado e iniciou a dinastia real dos Tudor.
Shakespeare põe na boca do rei derrotado, como tendo sido suas últimas palavras, a famosa expressão: “A horse! My kingdom for a horse!” – “Um cavalo! Meu reino por um cavalo”.
Ricardo III foi sepultado no convento franciscano de Leicester.
Porém, após Henrique VIII ter confiscado e depredado os mosteiros católicos e fundado a cismática Igreja de Inglaterra, o convento caiu em ruínas.
Perdeu-se então a lembrança do local onde jaziam os restos mortais do último rei Plantageneta.
Vista geral das excavações. O túmulo de Ricardo III é indicado pelo número 1 |
Ossos quebrados e uma espada indicavam tratar-se de um cavaleiro importante morto em combate.
Exames de DNA permitiram confirmar que eram verdadeiramente os restos do rei. A Universidade de Leicester ratificou a autenticidade da descoberta.
Agora os restos do rei repousarão num mausoléu na catedral da cidade. Ele será construído com um custo total de £ 1 milhão (R$ 3,39 milhões).
Os planos para o funeral incluem um novo piso na catedral e um vitral, além de iluminação especial.
O enterro do último Plantageneta será o ponto alto de uma semana de eventos que comemorará a descoberta dos restos mortais de Ricardo III.
Ricardo III e a rainha Ana, vitral no castelo de Cardiff |
Uma pergunta salta ao espírito. Por que a descoberta e o posterior re-enterro de um rei medieval suscita tanto interesse numa época – o III milênio – que sob numerosos pontos de vista se posiciona nas antípodas da ordem medieval?
O fato é que tudo quanto diz respeito à Idade Média – tempo profundamente católico, hierárquico e sacral – chega até nós carregado de refrigérios e de luminosos imponderáveis de sacralidade, de ordem e de paz.
O achado dos restos de um rei sem túmulo comove e suscita a veneração e o respeito, levando a lhe consagrar um mausoléu digno de um monarca que, embora contraditado, marcou o fim da era medieval.
Um comentário:
É. De fato esse papo de:"estamos no século XXI","somos modernos" é papo para boi dormir! Todos temos a era medieval dentro de nós, assim como temos o próprio Deus!
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