Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Junto ao mar, numa península com forma de cruz, um santo eremita construiu um mosteiro nos tempos que a Gália, ainda não era a França.
Mas o mosteiro foi derrubado. Algum tempo depois, um outro veio e construiu outro mosteiro.
E esse mosteiro foi derrubado, se minha memória não me trai, por ocasião da Revolução Francesa.
Se no Reino de Maria se mandar construir um mosteiro em louvor a Nossa Senhora nessa península, com sentido reparador, etc., vai ser muito bonito.
Há um certo lugar na França onde se tornou lendária a presença de um homem que teria vivido lá pela alta Idade Média, conhecido como “o louco da floresta”.
Esse homem era doido, e ele apenas sabia dizer "Ave Maria!". Com todas as pessoas que ele encontrava ele só dizia "Ave Maria!"
A pessoa perguntava alguma coisa, e ele respondia: "Ave Maria, Ave Maria!".
Depois saía e continuava a vaguear pela floresta.
Quando ele morreu, enterraram-no.
Depois, por uma necessidade prática qualquer, foi preciso desenterrá-lo para pôr no lugar uma construção.
Então abriram o caixão dele, e encontraram que de sua boca saía um lírio lindíssimo.
E, em cada pétala do lírio, estava escrito com letras de ouro, “Ave Maria”.
O que há de sabedoria na história desse louco que só diz “Ave Maria” é tão quintessenciada que eu nem encontro palavras adequadas para louvar.
Esse símbolo nos toca muito porque ele enuncia um princípio contido num fato que toca a sensibilidade do homem.
E esse principio encarnado no fato tem uma força de impacto que qualquer outro símbolo mais estudado – talvez mais culturalizado – tem, mas muito menos.
Toda a mitologia grega e romana, ou então a mitologia romântica neo-pagã do século XIX que se pode perceber, por exemplo, nas músicas de Wagner, não é nada em comparação com isto.
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