Don Pelayo, estátua em Cangas de Onís, Astúrias |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Musa bem Nusayr, com ciúmes dos sucessos de seu capitão Tarif, resolveu também atravessar o Estreito à frente de poderoso exército, com o qual foi conquistando, uma após outra, Sevilha, Mérida, Saragoça e as atuais províncias de Málaga e Granada. Toledo já fora dominada por Tarif no ano de 713.
Juntando infâmia à traição, os partidários do último rei Vitiza foram entregando suas cidades ao invasor.
E assim foram caindo, como cartas de baralho, todas as regiões da Espanha visigótica, restando somente poucos núcleos independentes da autoridade muçulmana nos Montes Cantábricos, nas Vascongadas e junto aos Pireneus.
No ano 716, a maioria da população era composta de hispano-romanos cristãos, aos quais os mouros não obrigavam a se converter ao Islã, porque sua religião era também do Livro Revelado.
Mas tinham que pagar impostos ao invasor, sob pena de escravidão e confisco de bens.
O governador muçulmano de Gijón, Munuza, enamorou-se da irmã de Pelayo. Por isso enviou-o para Córdoba com outros reféns, para poder dar livre curso a suas paixões desordenadas.