Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A agricultura teve enormes desenvolvimentos na Idade Média.
No paganismo ela era tida como uma profissão vil e, por isso mesmo, tarefa de escravos maltratados, usando instrumentos pífios e produzindo pouco.
Porém, nas abadias medievais tudo mudou.
Os monges desenvolveram prodigiosamente os instrumentos agrícolas, criaram modos de recuperar as terras, mesmo as menos aproveitáveis, descobriram o modo de adubar e de fertilizar, combater os insetos, selecionar as espécies, preservar os insetos e animais úteis, criar gado de modo intensivo, fazer hortas nos espaços confinados das abadias; estudaram vegetais e animais para extrair deles os mais variados produtos, alimentícios ou medicinais, secaram pântanos, canalizaram rios, racionalizaram o aproveitamento das florestas, importaram e exportaram de ou para outras abadias próximas ou longínquas novas variedade vegetais ou animais; aplicaram novas técnicas colheita, transporte e estocagem de grãos e carnes, criaram toda espécie de queijos, vinhos, cervejas, champagnes, frios e doces, e ainda e alista é limitada!
O arado usado na Idade Média para a agricultura tinha uma facilidade maior por causa do aprimoramento do sistema de tração do cavalo.
Os antigos não usavam a força do peito do cavalo para puxar; os cavalos aqui têm aquele bridão que faz com que eles puxem com muito mais força.
A cena de vida de campo tem como fundo um dos mais belos castelos medievais, o castelo de Saumur.
A nobreza vivia lado a lado com os camponeses, que tinham no castelo um ponto de referência e de apoio constante. Trabalhadores rurais, agricultura e o castelo, que era a residência do senhor feudal e a fortaleza aonde todos vão se abrigar. Em caso de necessidade formavam um todo só.
Coroa do imperador do Sacro Império |
Ou um cálice espanhol indica toda a veneração dos medievais pelo precioso Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo que esse cálice era destinado a conter.
Ou admirar o bibelô medieval dito do Cavalinho Branco do Tesouro de Munique, obra-prima também da joalheira e da inspiração artística medieval.
Por fim, a coroa de um Imperador do Sacro Império Romano Alemão em todo seu esplendor, ao lado.
O Sacro Império Romano Alemão foi a chave de cúpula do edifício temporal da Idade Média que conseguiu harmonizar os povos europeus.
Hoje alguns deles tentam se unir numa União Europeia, que muitos qualificam de nova União Soviética e que ameaça ruir financeiramente a qualquer momento.
Coroação do imperador do Sacro Império Romano Alemão |
Ele cingia essa coroa nas festas de coroação. Obra-prima também da ourivesaria da Alta Idade Média.
O exemplo da Idade Média enche de ufania a Europa e os povos católicos, sobretudo quando as fórmulas atuais para dar coesão a Europa parecem cada vez mais próximas de cair num abismo irreversível.
A realidade histórica foi barbaramente deformada pelos detratores da Idade Média.
Porém, as tradições cristãs são perenes e contêm tudo quanto há de precioso e nobre que pode servir de inspiração salvadora para os séculos vindouros.
Após a Idade Média vieram outras épocas que herdaram muitas tradições medievais e as aperfeiçoaram, legando para o presente novas conquistas da Civilização Cristã que se encaixam harmonicamente no legado medieval.
O futuro nunca poderá ser uma mera imitação da Idade Média, mas nunca poderá recusar as conquistas definitivas que a Era da Luz legou para as gerações que vieram depois.
Um comentário:
Olá. Aprecio muito o seu blog! Gosto da Idade Média mais que qualquer outra época, acho que por causa da religiosidade pulsante. Parabéns!
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