domingo, 23 de junho de 2024

Muitas pessoas procuram hoje o legado dos Templários

Capela octogonal do Convento de Cristo, Tomar, Portugal.
Capela octogonal do Convento de Cristo, Tomar, Portugal.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Os cavaleiros templários, da gloriosa ordem medieval para defender Jerusalém e os cristãos do furor muçulmano, foram denegridos durante quase mil anos pelos inimigos da Igreja Católica.

Sacrificando suas vidas, eles protegeram os peregrinos que iam a Jerusalém sendo frequentemente assaltados e mortos pelos fanáticos, seita muçulmana fundamentalista dos seljúcidas, além de bandos criminosos do deserto.

Nessa tarefa, a Ordem do Templo, criada por Hugo de Payens e nove cavaleiros guerreiros e monges franceses, forjou uma epopeia que hoje atrai com um vigor até pouco inimaginável.

Os cavaleiros templários receberam muitos presentes e doações em agradecimento pelas suas façanhas protetoras. Com elas construíram um poder imenso voltado para o bem da Igreja especialmente em Terra Santa.

Porém seus membros praticavam exemplarmente a pobreza evangélica.

Desse conjunto, cobiçado e saqueado até por maus reis e Papas cúmplices, restaram castelos, mosteiros, catedrais e capelas, em muitos recantos estratégicos da Europa, muitos deles em ruínas.

Porém hoje passaram a ser visitados como locais de peregrinação impregnados de uma santidade que faz regressar à Idade Média, registrou reportagem de “La Nación”.

No século XXI se multiplicam as viagens para saber como viveram esses admirados heróis, dissolvidos injustamente em 1312 pelo Papa Clemente V e uma conspiração de reis liderados por Felipe o Belo da França.

A Cruz dos Templarios, heerdada pela Ordem de Cristo estava nas velas das naus que descobriram o Brasil
A Cruz dos Templários, herdada pela Ordem de Cristo
estava nas velas das naus que descobriram o Brasil
Posteriormente, o Papado se retratou da condenação, mas os bens da Ordem já tinham sido rapinados e os cavaleiros tinham sido dispersados ou mortos.

Os monges guerreiros com uma enorme cruz vermelha em seus mantos e bandeiras brancas, montaram uma rede de 870 castelos nos quais administravam uma enorme riqueza destinada a financiar as Cruzadas e a luta contra o Islã invasor.

A cobiça perversa de suas posses extinguiu a Ordem que mantinha o mesmo espírito dos fundadores, malgrado houvesse entre eles alguns decadentes que participaram no crime histórico de sua dissolução.

Um dos roteiros mais percorridos pelos modernos admiradores começa pelos castelos dos Templários no centro de Portugal, não longe do santuário de Fátima.

Ali o principal monumento histórico e cultural Templários é o Convento de Cristo, em Tomar.

Os cavaleiros interditados no resto da Europa foram acolhidos pelo rei de Portugal, ajudaram na recuperação de Lisboa e de outras cidades da Península Ibérica aos muçulmanos, e receberam o nome de Ordem de Cristo.

O rei Afonso I de Portugal concedeu-lhes as terras entre Coimbra e Santarém. Ali construíram em 1160 uma gigantesca fortaleza com parede dupla e torres de planta quadrada e semicircular, rodeando uma suave colina.

Da fortaleza, ou Convento de Cristo, magnífica obra de arquitetura de estilo gótico, conserva-se a capela octogonal dos Templários, semelhante ao Santo Sepulcro – e os alojamentos dos frades e servos.

Fato destacado é que as naus em que Pedro Alves Cabral descobriu o Brasil levavam inscritas em suas velas a Cruz de Cristo que não era outra senão à da Ordem do Templo.

Admiráveis construções militares estão impregnadas dos imponderáveis heroicos e fantásticos da Rota dos Templários de Portugal.

Castelo de Almourol, estrategicamente localizado numa pequena ilha do rio Tejo
Castelo de Almourol, numa pequena ilha do rio Tejo
Destacam-se o Castelo de Almourol, estrategicamente localizado numa pequena ilha do rio Tejo – que marcava a fronteira entre cristãos e muçulmanos – e as fortificações de Pombal, Monsanto e Soure.

Em gratidão pelas sua gesta heróica contra os muçulmanos, os reis de Leão, Espanha, em 1178 lhes doaram uma antiga fortificação celta e um século depois, em 1282, o Castelo de Ponferrada ou Castelo dos Templários, em Leão.

Esse castelo foi num enclave privilegiado às margens do rio Sil para proteger os peregrinos que perfaziam o Caminho de Santiago.

Construção típica da Idade Média, precisamente o que admiram os homens agastados com o século XXI, tem paredes feitas de pedras talhadas à mão e coroadas por bandeiras, cinco torres e um fosso profundo protegido por grades.

Outros castelos Templários muito visitados na Espanha ficam em Peñíscola (Castellón), Jerez de los Caballeros (Badajoz), Monzón (Huesca), Caravaca de la Cruz (Murcia), de la Zuda (Tortosa, Tarragona) e San Servando (Toledo).

O único castelo templário que resta na França, o Castelo de La Couvertoirade, foi construído pelos Templários no final do século XII, em Aveyron, uma cidade de conto de fadas no sul do país perto de Montpellier.

La Couvertoirade é uma das aldeias francesas mais bonitas segundo a associação Les Plus Beax Villages de France. É o cenário ideal de um conto de batalhas fantásticas, com seus barquinhos e casas construídas nas pedras do planalto de Larzac.

O castelo foi herdado pelos cavaleiros Hospitalares, ou Ordem de Malta. Eles construíram a igreja, e as muralhas que protegiam a cidade em crescimento.

Os gloriosos Cavaleiros Templários e sua injusta condenação legaram para a historia uma aura de santidade peculiar e de mistério que empolgou um grande público. A quantidade de pessoas que viaja todos os dias para visitar seus antigos castelos é prova isso.

E não só as pessoas vão procurar apenas páginas perfumadas do passado.

Elas vão indagar se ali não se fareja um futuro que parece cada vez mais próximo feito de heroísmo e santidade até com o sacrifício das próprias vidas.

Eles fizeram esse sacrifício pela libertação do Santo Sepulcro de nosso Senhor Jesus Cristo. Mas hoje paradoxalmente parece jazer também em como que um Sepulcro a Santa Igreja Católica em crise.




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