domingo, 22 de março de 2020

Avança um castelo medieval do século XXI

Guédelon poucos anos atrás
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








No fundo de uma floresta do centro da França um inusual experiência arquitetônica já antevê a terminação de um castelo construído com técnicas medievais, sem concessão a instrumentos modernos, noticiou a BBC.

As torres do castelo de Guédelon iniciado em 1998 na Borgonha superaram os 15 metros de altura.

Nos bosques, lenhadores abatem as árvores que serão empregadas.

O cimento é desconhecido e mestres pedreiros lapidam as pedras.



O aço sai das forjas, e até as roupas dos operários provêm dos ateliers do castelo.

Em 2020 a construção se aproxima ao fim. O telhado está sendo concluído e a pintura dos salões internos do castelo já começou.

O jornalista Hendrik Welling da agência oficial alemã Deutsche Welle foi fazer a reportagem e acabou se alistando como um dos 600 voluntários que participam nos trabalhos, segundo suas possibilidades.

Fez a experiência inusual para alguém habituado às facilidades modernas do que é o duro trabalho manual com os rústicos métodos medievais, mas ficou encantado.

Mais de 300.000 pessoas, sobre tudo famílias, visitam o canteiro cada ano. O trabalho manual artesanal suscita uma incrível admiração.

O mundo acadêmico acompanha com respeito. Diversos especialistas e arqueólogos acompanham de perto o surgimento de um castelo 100% medieval no século XXI.

Os desenhos foram tirados de um estilo de fortaleza popularizada no século XIII no reinado de Felipe Augusto, avó de São Luis.

O castelo vai surgindo a 200 quilometros ao sul de Paris, perto da cidade de Treigny na região da Borgonha, cheia de história e famosa pelos seus magníficos vinhos.

O projeto de Guédelon quer reproduzir fielmente todos os aspectos da vida no século XIII.

Por isso não só as técnicas de construção mas o estilo de vida medieval foi adotado pelos artesãos, engenheiros, pedreiros e todos os que querem colaborar gratuitamente com seu trabalho manual.

Hendrik Welling aprendeu a cortar a pedra, talha-la, e como faziam os medievais gravou suas iniciais na pedra para a posteridade. Escolheu DW, de Deutsche Welle, a agência que o enviou a fazer a reportagem.

Mas também fez funcionar o elevador, uma roda em que o homem, no caso Hendrik, vai caminhando dentro, fazendo-a girar e que por meio de cabos e polias sobe as cargas pesadas.

O vídeo de suas experiências, façanhas e reportagem está embaixo.

Nunca antes chegou a haver um castelo no local.

Guédelon é um prédio medieval totalmente  do nosso milênio que ocupa 70.000 metros quadrados de superfície (7 hectares).

Por volta de quarenta artesões e empregados trabalham estavelmente.

Mas nas épocas das férias muitas dezenas de voluntários vem a colaborar gratuitamente pelo tempo que tenham disponível... e apreendem a construir como autênticos medievais.

Guédelon no início de 2020
O castelo foi começado por Guilbert, senhor de Guédelon, em 1228, com aprovação de São Luis, pelo apoio dado ao rei numa revolta de barões.

Os artistas já pensam no “depois” de concluída fortificação, e anunciam continuar com o exemplo dos castelos que eram perpetuamente ampliados e melhorados.

Muitos ensinamentos estão sendo tirados da experiência, porém o mais singular é o entusiasmo de o número de artesões e operários voluntários que querem sair da camisa de força da modernidade.



Vídeo: Uma visita ao canteiro de Guédelon
Se seu email não visualiza corretamente o vídeo embaixo CLIQUE AQUI





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