Kaysersberg, Alsacia, França |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Denomino “europeização” a compreensão do que a Europa tem de bonito e a adoção do estado de espírito do europeu.
Não seria uma pura valorização do que há na Europa, mas a aquisição de um modo de ser inspirado no europeu.
Os europeus procuram organizar a vida de modo belo, com valores positivos.
Em suas casas, por exemplo: se há uma janela disponível, eles colocam um vaso com gerânios; se há um jardinzinho, plantam flores com desenhos lindos.
Óbidos, Portugal |
Tudo aquilo vai entrando na cultura do povo.
Os brasileiros modernos, entretanto, ao contrário dessa impostação de alma, geralmente não incorporam as coisas com aquele estado de espírito medieval, mesmo tendo nós panoramas realmente bonitos.
Se adquirissem esse estado espírito, ficariam com apetência desse tipo de prazer intelectual.
Annecy, França |
São defeitos contra os quais se deve remar.
Há nisso um sentido religioso?
Há, evidentemente, pois as coisas magníficas da natureza nos foram dadas pela Providência para nos elevarmos a Deus.
São imagens da sublimidade d’Ele.
É evidente que a posição de fechamento, de não se ter a alma aberta em relação ao sublime, leva as pessoas para o que é prosaico.
Portanto, representa um fechamento para a imagem que Deus colocou nas coisas criadas por Ele.
Tal fechamento para os aspectos sublimes das coisas representa, substancialmente, algo de antirreligioso.
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